O projeto Design
na pele será lançado nessa terça-feira, 29, no no Salão +B que ocorre no Museu
Brasileiro da Escultura (MuBE)
O evento contará com
a apresentação do livro homônimo produzido a quatro mãos pelo estilista Ronaldo
Fraga e pela artista plástica Heloísa Crocco, além de uma exposição de fotos e
vídeos, que segue até o dia 31.10. Ronaldo ainda profere palestra sobre o tema
na manhã de abertura.
O Design na Pele é
uma iniciativa do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) que tem
como objetivo promover a inovação do setor coureiro através da moda e do
design. A dinâmica dessa iniciativa mescla inovação e criatividade e, a fim de
tornar real essa ideia, esses dois grandes nomes nacionais foram convidados
para integrar a equipe criativa. O projeto, que tem como referência a pesquisa
etnográfica do livro “+B Inspiração Brasil” (Abest), tem apoio do Brazilian
Leather, uma iniciativa do CICB e da Apex-Brasil (Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos).
A mostra também terá
cinco filmes (curtas) que retratam esse trabalho em cinco línguas (português,
inglês, espanhol, italiano e mandarim). “O objetivo do Design na Pele é a
incorporação do senso estético nos curtumes brasileiros, resultando na
agregação de valor do couro do país. Nosso objetivo é ampliar o share do Brasil
no mercado de couros acabados no mundo”, explica Maurício
Medeiros, coordenador do projeto Design na Pele.
Iniciado em
abril de 2013, o Design na Pele foi pensado para aproximar a indústria
coureira nacional da cultura do design. Para viabilizar a iniciativa, os
criadores foram divididos em dois núcleos, totalizando 13 curtumes nessa
primeira etapa. Ronaldo trabalhou com curtumes de grande volume do país,
enquanto Heloísa atuou com os curtumes dedicados aos couros especiais,
produzindo artigos cuja origem da pele é diferenciada, como avestruz, cobra,
peixe e rã.
O presidente
executivo do CICB, José Fernando Bello, enfatiza o potencial nacional da
indústria dos curtumes. “O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo,
além de ser um grande exportador mundial”. O executivo ainda explica como a
dupla de criadores trabalhou a proposta. “Heloísa e Ronaldo tiveram
oficinas em grupo com seus respectivos curtumes e também consultorias
individuais em que puderam avaliar in loco o trabalho e as possibilidades de
cada empresa. A intenção era observar a realidade do curtume e trazê-la para
dentro do projeto, extraindo ao máximo os talentos e a criatividade de cada
empresa”, ressalta.
Couro sintético não existe
Outro
objetivo do Design na Pele é trazer mais informações sobre a nobreza e a
legitimidade do uso do termo couro. De acordo com a Lei 4.888, em vigor
desde a década de 1960, é crime usar termos como “ecológico”, “sintético” ou
mesmo “legítimo” para designar qualquer matéria-prima semelhante que imita a
pele animal.
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