A
semelhança entre os dois procedimentos é muito maior no nome do que na prática
Conforme explica o cirurgião plástico
Dr. Alderson Luiz Pacheco, a lipoescultura é um processo um pouco mais complexo.
“A lipoaspiração é a retirada de parte da gordura localizada, enquanto a
lipoescultura é uma forma de refinamento da lipoaspiração convencional: pode se
aproveitar a gordura aspirada e usá-la como preenchimento (enxerto) em áreas
que necessitem de projeção – como os glúteos ou a face, por exemplo. Por meio do
enxerto, a gordura que seria desprezada é reaproveitada oferecendo ao cirurgião
a oportunidade de melhorar a silhueta do corpo, deixando-a mais harmoniosa”,
explica.
O ponto semelhante é que ambas as
cirurgias não apresentam grandes restrições: podem ser feitas por homens,
mulheres, jovens, pessoas mais velhas, etc. “Não existe regra que determine a
‘idade ideal’ ou ‘momento certo’ para a realização de uma cirurgia plástica. O
que existe é a indicação e aconselhamento do médico”, comenta Pacheco.
O cirurgião ressalta a importância de
uma boa avaliação antes da operação, com exames básicos - que podem ser
complementados de acordo com cada paciente e muitas vezes em conjunto com
outras especialidades como cardiologia, mastologia, anestesiologia etc. “Além
disso, também alerto para a importância de um bom médico, que faça parte da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Afinal, de nada adianta fazer
a cirurgia dos teus sonhos se o médico que vai realizá-la não possui
experiência ou formação necessária para isso”, exalta.
O especialista destaca ainda a
importância dos cuidados depois que o paciente deixa o hospital. “Os cuidados
após o procedimento são extremamente importantes para que o bom resultado seja
conquistado – e mantido, o paciente é o responsável por cuidar da sua
alimentação pós cirurgia, de marcar as drenagens linfáticas e de seguir as
recomendações médicas, como não fazer esforço físico por determinado tempo.
Essas são atitudes que devem ser tomadas – e respeitadas – pelos pacientes”,
nota Pacheco.
Por fim, o médico faz um alerta. “A
partir do momento em que a pessoa entra em uma sala de cirurgia, ela sabe que
corre riscos. São pequenos, mas existem”. Avisa. Portanto, é de extrema
importância levar os conselhos médicos a sério. “Se dissemos que fumar pode
prejudicar o estancamento e cicatrização do sangue, por exemplo, não estamos
provocando o paciente: e sim o alertando para um cuidado especial que deve ser
tomado”, conclui.
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