A
informação foi passada hoje em São Paulo pelo Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que
fizeram o levantamento em todas as capitais brasileiras
Na
comparação com o ano passado, o total de consumidores que pretendem
presentear alguém passou de 87% para 93%. Apenas, 1,1% dos consumidores ouvidos
não têm a intenção de comprar presentes e 5,6% estão indecisos.
"Os números também indicam que os entrevistados estão receosos com as despesas de Natal, em virtude da queda da confiança do consumidor, consequência direta do aumento do desemprego, da alta da inflação e da atividade econômica mais fraca. O consumidor quer presentear e não vai deixar de fazê-lo, mas sabe que o momento é de cautela e que por isso, os gastos devem ser mais bem pensados", afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
O estudo do SPC Brasil constata ainda que cada consumidor deverá comprar entre quatro e cinco presentes, em média, neste fim de ano - praticamente a mesma quantidade observada no Natal de 2014.
Inflação e crise econômica são os vilões do Natal
Sete em cada dez (74,3%) consumidores relataram ao SPC Brasil a percepção de que os presentes de Natal estão mais caros neste ano na comparação com igual período do ano passado. As principais razões apontadas são a pressão inflacionária (46,8%), o cenário econômico difícil e menos favorável (38,1%) e o aumento do dólar (8,7%). No ano passado, apenas 13,6% citavam o cenário econômico ruim como justificativa para o aumento dos preços dos presentes. "Os dados comprovam que os efeitos da crise já são sentidos pelo bolso do brasileiro", afirma a economista Marcela Kawauti.
Se em 2014 o percentual de consumidores que queriam diminuir os gastos com os presentes era de 29,1%, em 2015, atualmente eles correspondem a 41,2% dos entrevistados.
Dentre os consumidores que planejam gastar menos, a inflação também é a principal culpada. Mais de um quarto (25,9%) dos brasileiros que pretendem gastar menos no Natal citam o aumento dos preços como impeditivo para desembolsarem mais com os presentes - no ano passado apenas 1,8% citaram essa alternativa. Outras opções mencionadas pelos entrevistados são o endividamento (14,7%), o desemprego (12,8%), a necessidade de economizar (12,2%) e a situação financeira ruim (10,2%).
O aumento dos preços é a principal razão mencionada por 26,8% dos entrevistados que acreditam que vão desembolsar valores maiores neste ano - em 2014, apenas 8,0% citavam a inflação. Outros motivos alegados pelos entrevistados são o fato de terem economizado ao longo do ano (21,9%), o recebimento do 13º salário (16,2%) e o fato de ter mais pessoas para presentear (9,8%). Outras explicações mais positivas, como a melhoria de salário e a estabilidade no emprego são razões apontadas por apenas 9,2% e 2,7% dos entrevistados, respectivamente.
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