Especialista explica a associação entre radiação solar e vitamina D
e alerta para os riscos da exposição excessiva ao sol
A exposição solar é a principal fonte de
suprimento diário de vitamina D - que tem entre suas funções auxiliar o
organismo a manter os ossos saudáveis. O tempo de exposição solar necessário
para o organismo começar a produção da vitamina depende dos níveis de radiação
(UVB), do tipo de pele e da quantidade de áreas expostas ao sol. Mas é
preciso atenção: longas horas de exposição não ajudam o organismo a produzir
mais vitamina, mas aumentam o risco de doenças, como o câncer de pele.
O alerta é do médico Ronaldo Silva,
oncologista do Grupo COI (Clínicas Oncológicas Integradas). “Aumentar a
exposição ao sol não eleva os níveis de vitamina D e aumenta os riscos de
envelhecimento da pele, de câncer de pele e de danos aos olhos. A exposição não
intencional durante as atividades do dia a dia já é suficiente para satisfazer
a dose diária de vitamina D em jovens e adultos de pele clara. No Brasil, onde
a intensidade de radiação UVB é alta praticamente em todas as regiões durante o
ano inteiro, uma exposição incidental diária de cerca de 5 a 10 minutos, no
período entre as 10h e às 15h, parece ser suficiente”, aponta o médico.
Incrementar o tempo de exposição à radiação
solar não é uma boa opção nem mesmo para indivíduos com risco de deficiência ou
com carência comprovada de vitamina D. “Para pessoas com déficit, o indicado é
o uso de suplementos e a ingestão de alimentos ricos em vitamina D, seguindo
orientação médica”, explica o especialista.
O médico também ressalta que, nas exposições intencionais e de
longa duração, o uso de protetor solar deve ser acompanhado por outras medidas
de proteção. “Nos períodos de maior intensidade de radiação solar, o
recomendado é conciliar o uso do protetor com apetrechos, como camisas de manga
longa, chapéus de aba larga, barracas e óculos escuros, além de abrigar-se na
sombra”, orienta.
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