No e low poo significam, respectivamente, pouco e
nenhum shampoo
Os conceitos surgiram nos Estados Unidos com Lorraine
Massey, autora do livro O Manual da Garota Cacheada: O
Método Curly Girl. Além de difundir as técnicas por meio de seu
livro, Lorraine também montou junto com seu parceiro, o brasileiro, Denis da
Silva, a marca Deva Curl, voltada para o no e low poo, com produtos
que não contém em sua composição ativos presentes nas marcas de shampoos e condicionadores como os
sulfatos e os petrolatos e que, de acordo com os adeptos às técnicas, podem
danificar nossos cabelos sem que saibamos.
Para a dermatologista e tricologista Dra. Anna
Cecília Andriolo, esse é um dos temas mais controversos no universo da
dermatologia. "A
ideia do no e low poo surgiu para atingir inicialmente pessoas de cabelos crespos e cacheados, naturalmente mais frágeis, secos e quebradiços do que os outros tipos de cabelo. Essa
secura, inclusive, faz com que os cabelos tenham uma necessidade menor de serem
lavados do que os cabelos lisos ou ondulados, que possuem uma oleosidade maior
na raiz e nos fios", explica a Dra Anna.
São métodos eficazes, mas que exigem um certo cuidado na
hora de serem utilizados, já que, em casos de cabelos oleosos, podem não
alcançar a eficácia pretendida e não limpar adequadamente o couro cabeludo.
Diferente do que pensam, os sulfatos não são agentes ruins e são certificados
pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com a garantia de que
não há potencial carcinogênico na substância. Os sulfatos nada mais são do que
agentes limpadores que provocam espuma e removem a sujeira a oleosidade do
couro cabeludo. A Dra. Anna explica que o que muda é o grau de força desses
limpadores, que podem variar de acordo com a necessidade de cada fio, não
significando necessariamente que o agente fará mal à saúde do cabelo.
“Os métodos de no e low poo não fazem mal para a saúde dos
cabelos, A
única recomendação é que se fique atento ao seu tipo de cabelo antes de optar
pelo no poo ou low poo, já que esses procedimentos podem não ser efetivos em
todos os casos, devendo-se sempre seguir aquilo que é mais adequado para cada
tipo de fio", ressalta a especialista.
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