Uma das maiores especialistas em
dermatologia, a Dra. Denise Steiner, fala sobre os riscos de se encobrir as
olheiras com taguagens
O aparecimento das olheiras mais escuras está
relacionado à espessura milimétrica da pele e sendo assim, por causa da
transparência, os vasos e a musculatura ficam aparentes provocando a
tonalidade "azul-enegrecida" na região.
Normalmente ela é tratada com peelings, laser, preenchimento, entre outros. No entanto, em
pessoas jovens que geneticamente tem olhos fundos e escuros, há maior
dificuldade em conseguir um clareamento satisfatório das olheiras. Por isso,
algumas têm aderido ao tratamento com tatuagem nessa região. É uma técnica que
aplica tinta permanente sobre as olheiras como se fosse uma base
corretiva.
O procedimento é perigoso. A tatuagem, quando realizada
por profissionais treinados e com assepsia, pode ser interessante e segura.
Entretanto, na região dos olhos, a associação de pele muito fina com inervação
e vascularização complexas torna o procedimento muito arriscado.
O perigo está relacionado ao risco de infecções e
contaminações, pois, em geral, as tintas aplicadas não são estéreis. Colocar
uma agulha com material não estéril numa área dessas tem um alto risco de
contaminação. Em segundo lugar, as agulhas das máquinas de tatuagem podem
romper os vasos sanguíneos do local causando hemorragias e hematomas sérios.
Outro risco é o entupimento de algum vaso importante que
pode até levar a cegueira. Na região das olheiras existem vasos sanguíneos
de vários calibres e, no caso dos maiores, eles podem carregar algumas
partículas da tinta e causar alergia ou infecção em qualquer local do
organismo.
Portanto, se a questão é mascarar a cor da olheira, o mais
seguro é usar corretivos. Alguns conseguem até tratar a pele enquanto escondem
a cor escurecida das olheiras. Os corretivos duram apenas algumas horas, mas não
oferecem risco a saúde geral ou ocular.
Dra.
Denise Steiner
Médica pela
Faculdade de Medicina da USP e especialista em Dermatologia pela Sociedade
Brasileira de Dermatologia. Dra. Denise Steiner também é especialista em
Hansenologia, em Saúde Pública e em Medicina do Trabalho, além de ser Doutora
em Dermatologia pela UNICAMP. Autora de várias publicações de reconhecimento
nacional e internacional, entre elas: “Calvície – Um assunto que não sai da
cabeça”, “Beleza sem Mistério” e “Envelhecimento Cutâneo”.
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