Membro
da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a especialista citou oito hábitos que
devem ser evitados para que não ocorra a formação precoce de rugas e linhas de
expressão. Confira:
Exposição Solar: a exposição à luz
ultravioleta (UV) é uma das principais causas de sinais prematuros de
envelhecimento na pele. Os raios UV danificam o DNA das células, causam manchas
e aumentam a produção de radicais livres, principais responsáveis pelo envelhecimento
da pele. Além disso, a exposição solar está ligada ao dano oxidativo, à
inflamação do tecido e à produção de enzimas que degradam colágeno, resultando
em uma pele mais flácida e com rugas.
Exposição à poluição: a
poluição libera metais tóxicos e pesados, como mercúrio e chumbo, que estimulam
na pele mensageiros pró-inflamatórios com formação de radicais livres que
desencadeiam um processo de envelhecimento precoce, resultando no aparecimento
de flacidez, rugas e linhas de expressão graças à destruição do colágeno.
Ingerir álcool em excesso: o
álcool estimula a produção de radicais livres, que em contato com as células
danificam sua estrutura, causando envelhecimento precoce e flacidez. O álcool
pode piorar a qualidade da pele, pois o organismo precisa de água para
metaboliza-lo e, quando não há água suficiente, ele busca a água nos tecidos
periféricos para realizar o seu trabalho. Esta perda d’água afeta a pele,
diminuindo o viço e colaborando para o ressecamento e a descamação.
Fumar: o cigarro
é um dos maiores causadores de malefícios para a pele, pois ocasiona a queda da
produção do colágeno. A nicotina, presente no cigarro, estimula o estresse
oxidativo e libera mensageiros que vão causar inflamação na pele e prejudicar a
função da barreira, comprometendo a hidratação e favorecendo o aparecimento de
rugas e flacidez.
Consumo excessivo de açúcar: devido
a um processo denominado de glicação, onde o excesso de açúcar no organismo
liga-se às proteínas, formando assim os AGEs (produtos finais da glicação
avançada). Esses AGEs causam uma desordem tecidual, levando à perda da
elasticidade da pele, formação de rugas, menor capacidade de cicatrização e ao
envelhecimento do tecido.
Dormir pouco: a
falta de sono compromete o tempo necessário para que ocorra o reparo e
regeneração da pele. Isso porque é a noite que ocorre a produção natural de
melatonina, que junto com a Glutationa, Superoxido Dismutase e Catalase, fazem
parte da defesa do organismo contra os radicais livres. É durante o sono também
que ocorre a produção do hormônio de crescimento IGF1, responsável por regular
a insulina, evitando assim que altos índices de níveis glicêmicos envelheçam
nosso tecido e provoquem inflamação.
Expressões faciais repetitivas:
expressões faciais, quando excessivamente repetidas ou feitas de forma
exagerada, podem levar ao aparecimento precoce de rugas. Isso porque, com o
tempo, a pele perde a capacidade de voltar ao seu estado normal após acompanhar
a movimentação da musculatura, favorecendo a formação das linhas de
expressão.
Estresse: situações
de estresse alteram o funcionamento do organismo otencializando o estado
inflamatório persistente da pele e fazendo com que as células tenham tempo de
vida e atividade diminuídas. Com isso, há o aumento da produção de radicais
livres e a aceleração do envelhecimento biológico, dificultando a capacidade da
pele de fazer a renovação celular e produzir colágeno.
Dra.
Claudia Marçal
Dermatologista
da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, com especialização pela Associação
Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia
(SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD), CME (Continuing
Medical Education) na Harvard Medical School.
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