A busca pela aparência
perfeita é incessante. Caminhando no mesmo compasso, a ciência tem
progredido em relação aos procedimentos e tratamentos estéticos. Em
contrapartida, dúvidas e mitos também vão surgindo. Um dos procedimentos mais
procurados e julgados é a aplicação da toxina botulínica
De
acordo com dados do Censo 2016, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
(SBCP), a toxina botulínica é o segundo tratamento não-cirúrgico mais
procurado, perde apenas para o preenchimento. O tratamento é realizado por meio de
aplicações em músculos
específicos, que causam o relaxamento da musculatura
de determinada
região. Para
a dermatologista Teresa Noviello é importante estarmos atentos acerca da utilização da toxina botulínica (Botox), pois o número
de usuários
adeptos vem crescendo e por isso informações devem ser esclarecidas.
“É natural
que surjam dúvidas. O
principal ponto que o paciente deve observar é a formação do profissional médico. É de suma importância que ele
seja especialista na área e capacitado”, diz Teresa. A profissional selecionou
alguns pontos para esclarecer e desmistificar o uso do Botox.
O efeito é imediato?
Mito. É preciso esperar dois ou três dias para que os
resultados apareçam. Estudos mostram que os efeitos máximos são atingidos em
duas semanas.
A aplicação só pode ser feita
a partir dos 30 anos?
Mito. Não
há uma idade mínima para aplicação. O mais
importante é sempre ter uma avaliação correta do especialista e a indicação
apropriada para o procedimento.
É possível prevenir rugas
usando Botox?
Verdade. As aplicações em pacientes jovens ajudam a evitar lesões profundas na derme –
que causam a ruga – pois agem nos músculos que se movem excessivamente. Há
músculos que se movem mais. Esse excesso de movimentações marca a pele profundamente
e gera a ruga. Ao aplicar Botox nessas áreas, mesmo que possuam apenas marcas
suaves, os músculos deixam de fazer esses movimentos.
Botox não é indicado apenas
para corrigir rugas?
Verdade. O Botox é recomendado
também para
estrabismo, hiperidrose axilar e palmar (suor
excessivo), sorriso gengival, bruxismo, distonias e espasticidade, entre outras
alterações.
A aplicação é dolorosa?
Mito. Não, é praticamente indolor e normalmente feita com agulhas bem finas
(tipo de insulina). Em caso de pacientes mais sensíveis, pode ser utilizado um anestésico tópico local.
Existem
áreas no rosto em que o produto é mais eficiente?
Mito. O que há é a utilização correta da toxina por
profissionais médicos qualificados. Ou seja, conhecimento da técnica de
aplicação, no local e no músculo exato e a dose ideal, para que tenha o
resultado eficaz e satisfatório.
Teresa Noviello – CRM 36821
Dermatologista,
Teresa Noviello é graduada em medicina pela Faculdade Ciências Médicas de Minas
Gerais, realizou residência em Clínica Médica pela Fundação Hospitalar do Estado de
Minas Gerais – FHEMIG e em Dermatologia pela Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro – UNIRIO. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de
Dermatologia – SBD e Regional MG.