Após
o final do ano – em que as festas oferecem uma porção generosa de guloseimas como
panetone, lasanha, chocolate, merengue e brigadeiro – é hora de se preocupar
com o excesso de açúcar consumido. Até porque não apenas estes, mas alimentos
como pão, batata, feijão e bolachas, comuns no nosso dia a dia, também são
fontes de carboidratos, podendo assim ser consideradas fontes de açúcar
“Os
carboidratos que ingerimos são digeridos pelo organismo no formato de glicose
por meio das ações de enzimas digestivas presentes em nosso sistema
gastrointestinal. Após digerida, a glicose é absorvida pelas células
intestinais e conduzida pelo sangue até o fígado que remove cerca de 50% da
glicose. O restante sai do fígado e entra na circulação sistêmica tornando-se
disponível para outros tecidos do corpo dependentes de insulina”, explica a
nutricionista Dra. Luisa Wolpe, mestre em Medicina interna e ciências da Saúde.
O açúcar possui o benefício de ser a forma mais rápida de se
fornecer glicose para o corpo. Por ser fundamental para o bom funcionamento do
cérebro, da retina e dos rins, quantidades pequenas de glicose podem causar uma
variedade de problemas. “Os sintomas de uma redução significativa da glicose
sanguínea, conhecida como hipoglicemia, incluem sintomas como fraqueza, fome e
vertigem, podendo comprometer o desempenho no exercício físico, estado de
inconsciência e danos irreversíveis no sistema nervoso central”, destaca a
médica.
Porém, em excesso pode causar males maiores para o organismo. Segundo
a especialista, por serem carboidratos, os açúcares funcionam como combustível
energético, desempenhando funções fundamentais relacionadas ao metabolismo
energético e ao desempenho nos exercícios e outras atividades. “Quando a
quantidade ingerida passa da conta e as atividades da pessoa não são
suficientes para usar essas calorias, o pâncreas passa a produzir insulina para
regular a taxa de glicose no sangue. A liberação desse hormônio além do
necessário gera aumento de peso. O acúmulo de gordura corporal, além de causar uma
possível insatisfação com a aparência, pode levar a doenças graves como
hipertensão e outras cardiopatias”, afirma.
Além disso, o excesso de açúcar pode levar ao envelhecimento
precoce da pele. Isso ocorre devido a um processo denominado de glicação. “A
glicação é a relação entre o consumo excessivo de açúcar refinado
(carboidratos) e o envelhecimento cutâneo acelerado. Neste processo a glicose
que fica solta no sangue liga-se as proteínas, formando assim os AGEs (produtos
finais da glicação avançada). Esses AGEs causam uma desordem tecidual, levando
à perda da elasticidade da pele, formação de rugas, menor capacidade de
cicatrização e ao envelhecimento do tecido”, explica a nutricionista.
Há algumas medidas que podem ser tomadas para diminuir estes
efeitos. A nutricionista recomenda uma dieta rica em alimentos integrais, como
frutas, hortaliças, leguminosas e grãos para tornar mais lento o ritmo da
absorção da glicose. Além disso, a alta ingestão de fibras e grãos integrais
ajudam a melhorar o controle glicêmico, diminuindo a resistência à insulina e a
ocorrência de obesidade, diabetes, distúrbios intestinais e doenças cardíacas.
Existem ainda suplementos que podem colaborar com a diminuição
dos males causados pelo açúcar, principalmente contra o envelhecimento precoce.
Por exemplo, o Glycoxil é um suplemento que diminui o estresse oxidativo e os
processos inflamatórios, atuando contra os radicais livres e promovendo
benefícios à saúde como a prevenção do envelhecimento precoce e a correção de
desordens metabólicas. “O Glycoxil é uma carcinina que tem ação antiglicante,
deglicante e antiglicoxidante. Desse modo, o suplemento restringe a produção
dos AGEs (produtos de glicação avançada), diminuindo assim os impactos do
excesso de glicose, do fumo e dos radicais livres. Além disso, o ativo protege
as proteínas estruturais do cabelo e da pele do excesso de açúcar que leva à
glicação” comenta a Dra. Luisa Wolpe.
“Porém,
mudanças nos hábitos diários, dieta balanceada com uso de suplementos,
exercícios físicos, maior ingestão de água e a diminuição do consumo de
gorduras e álcool são essenciais para bons resultados e os tratamentos e
prescrições devem ser sempre acompanhados por um profissional da área”,
finaliza.
Fontes
Dra. Luisa Wolpe – nutricionista e mestre em medicina interna e ciências da Saúde.
Dra. Luisa Wolpe – nutricionista e mestre em medicina interna e ciências da Saúde.
Biotec
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