As
peças sem gênero foram outro ponto alto do dia. “Uma das minhas utopias era
fazer com que a moda vestisse todo mundo e parece que isso está mais próximo de
se concretizar do que eu imaginava”, reflete Arlindo. O genderless
foi destaque nos desfiles de Beira e Another Place. A primeira apresentou peças pretas com
cortes retos e minimalistas. Nos pés, o All Star de cano longo Chuck Taylor deu
toque jovem às produções.
Beira
Another Place
A
Another Place, por sua vez, tem a característica genderless em seu DNA, deixou
de lado a logomania e apostou no mix de alfaiataria funcional e esportiva.
Com inspiração na técnica Kintsugi - arte
japonesa que conserta coisas com ouro para valorizá-las e mostrar a história da
peça -, o desfile de João Pimenta foi um dos mais surpreendentes para o
apresentador. As peças apresentaram trabalhos em bordado que remetiam a essa
filosofia. A modelagem ampla, confortável e, acima de tudo, com tecidos
encorpados.
João Pimenta
Amir Slama apostou
na diversidade: “A moda praia dele vai além da areia e da piscina. Ela passa
por um lifestyle. O desfile mostrou que o beachwear pode vestir qualquer tipo
de corpo e pessoa independente do gênero”, comenta o apresentador. Com bastante
influência dos anos 1980, vimos muitos cortes cavados, asa delta, sobreposição
de biquínis e os maiôs - fortes nessa década - com decotes mais comedidos, e ao
mesmo tempo mais cavados na lateral.
Amir Slama
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