As dicas são da dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff,
membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Procure três itens essenciais: o protetor
solar deve ter no mínimo FPS 30, proteção de amplo espectro (UVA/UVB/Infrared)
e resistência à água. Esses produtos oferecem maior eficácia na proteção da
pele. Geralmente os fotoprotetores que diminuem os danos provenientes do calor
são formulados com antioxidantes específicos. Estudos mostram que o uso diário
de um fotoprotetor pode reduzir o risco de: câncer de pele, incluindo melanoma,
o câncer de pele mais grave; sinais de envelhecimento prematuro da pele, como
manchas, rugas e pele com textura mais dura e espessa; queimadura de sol;
melasma. Mesmo que o fotoprotetor seja
resistente à água e ao suor, o ideal é repassar a cada duas horas em
fotoexposição direta e a cada quatro horas em ambientes fechados.
2 - Considere seu tipo de pele: para
afunilar ainda mais a sua busca ideal, mesmo após escolher um fotoprotetor que
tenha os três itens essenciais, ainda é possível ter algumas opções até
encontrar o filtro solar certo para você. Nesse momento, é interessante
verificar o tipo de pele, as necessidades e as condições do tecido cutâneo do
paciente.
Pensando no tipo de pele, no geral, os produtos em gel
e sérum são indicados para pele oleosa, enquanto as loções e cremes são indicados
para pele mais seca. Se sua pele é propensa à acne, deve procurar as palavras
‘não-comedogênico’ ou deve estar claro que o produto é antioleosidade ou pelo
menos não vai entupir os poros. Essa mesma dica também vale para a pele oleosa.
Já para as peles mais secas, um produto específico geralmente confere maior
hidratação, então essa palavra-chave deve estar no rótulo.
3 – Lembre-se das necessidades da pele: se sua
pele é mais reativa, sensível e propensa à alergia, evite protetor
solar com fragrância, PABA, parabenos ou oxibenzona (benzofenona-2,
benzofenona-3, diosbenzona, mexenona, sulisobenzona ou sulisobenzona sódica). Na
verdade, essas substâncias devem ser evitadas por todos.
Em volta dos olhos use um protetor solar
específico e certifique-se de que tenha um FPS 30 (ou superior), proteção de
amplo espectro e resistência à água. Use também óculos de sol com proteção UV
para mais segurança.
No caso
das crianças, o protetor solar deve ser mais específico, isento de proteção
química. Ele deve conter apenas proteção física, com óxido de zinco e dióxido
de titânio. Quando o paciente tem rosácea, é indicado usar um protetor solar
que contenha apenas óxido de zinco e dióxido de titânio também.
Para a proteção dos lábios, um bálsamo labial com FPS 30
e proteção de amplo espectro é indicado.
Importância da fotoproteção
Usar filtro solar é a forma mais segura de proteção
contra as radiações solares. “Pesquisa recente descobriu que o guarda-sol, por
exemplo, não consegue bloquear as radiações e oferece, no máximo, FPS 8. Além
disso, a areia reflete os raios solares”, afirma.
“UVA é o principal
responsável pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas), sendo um tipo de
radiação que atravessa nuvens, vidro e epiderme e penetra na pele em grande
profundidade, até as células da derme – sendo o principal produtor de radicais
livres. Entre os prejuízos: desde lesões mais simples até, em casos mais
graves, câncer de pele. Já o UVB deixa a pele vermelha e queimada, danifica a
epiderme e é mais abundante entre as 10 da manhã e as 4 da tarde. Essa radiação
pode furar o bloqueio dos filtros químicos e aumentar o risco de câncer”,
diz.
Dra. Paola Pomerantzeff
Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD),
tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica.
Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo
Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica
Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa
periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais.