A estimativa do Instituto
Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) é de que 66% dos produtores de flores e de plantas ornamentais não
consigam resistir a atual situação econômica do país, provocada pelo Covid-19
Conforme o
Instituto, caso as regras não sejam flexibilizadas para permitir a reativação
da economia e a comercialização de flores e plantas, haverá um cenário
devastador após o Dia das Mães, com o desemprego estimado de 120 mil pessoas
nas áreas produtivas. Em toda a cadeia, o valor calculado que o setor deixou de
faturar apenas nas primeiras duas semanas pós Covid-19 no Brasil soma R$ 297,7
milhões.
O Ibraflor
tem apelado ao Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, e aos
governos estaduais para que flexibilizem as regras para o setor que movimenta
R$ 8,67 bilhões em toda cadeia, gera 210.000 empregos diretos e mais de 800.000
indiretos.
Em carta enviada ao assessor do Ministério da Agricultura,
Sérgio Zen, o presidente do Ibraflor, Kees Schoenmaker, relata os estudos
elaborados na reunião desta quinta-feira (26 de março) pelo Comitê de Crise,
formado pelas principais lideranças do setor e instalado em Holambra, interior
de São Paulo, maior polo comercializador brasileiro de flores e plantas
ornamentais.
Mercado
de flores
O Brasil tem mais de 8.000
produtores, 60 centrais de atacado (como as cooperativas, por exemplo), 680
atacadistas e prestadores de serviço e mais de 20 mil pontos de varejo. São
cerca de 15.600 ha de área cultivada, o que coloca o país no oitavo lugar entre
os maiores produtores de plantas ornamentais do mundo. São 210 mil postos de
trabalho no setor, sendo que 54% dessas vagas são no varejo, 39% na produção,
4% no atacado e 3% em outras funções.