Por Kilmer Lima
Há dez anos, um celular possuía uma câmera com 0,35 megapixel e
não comportava mais que 50 fotos na sua memória. Hoje, os smartphones possuem
câmeras com mais de 12 megapixels e capacidade infinita de armazenamento.
Esse não foi um avanço tecnológico isolado, o mesmo aconteceu com os mais diversos tipos de sensores, peças e materiais, o que possibilitou o desenvolvimento de equipamentos de altíssimo controle e precisão. Como resultado de todos esses avanços, os procedimentos estéticos ficaram muito mais eficientes e precisos.
Sem dúvida alguma, a tecnologia passou a ser a grande aliada da
indústria estética. No caso da depilação a laser, que demanda alta qualidade
dos equipamentos, no que diz respeito à temperatura, energia e penetração, essa
importância torna-se ainda mais notória e permeia toda a jornada do cliente,
desde a aplicação do laser em si as soluções que aprimoram a experiência de
compra, agendamento e realização do tratamento nas unidades, entre outras
etapas.
Os primeiros estudos sobre os efeitos do laser de baixa
intensidade na medicina estética ocorreram na metade da década de 1970, e desde
então houve uma evolução impressionante. Hoje, tanto os lasers de baixa
potência quanto os de alta potência são utilizados com os mais diversos objetivos,
como nos processos de cicatrização, depilação, eliminação de manchas,
tratamento de queloides e cicatrizes hipertróficas e regeneração do colágeno,
entre outros.
No início do século 21, o aumento de investimentos em pesquisa e
desenvolvimento e a criação de novos materiais, entre outras iniciativas da
indústria, permitiram uma evolução acentuada, não somente no surgimento de
novos equipamentos estéticos, como também em novos princípios ativos para
cosméticos.
Toda essa evolução acabou impulsionando o segmento como um todo e,
a partir da segunda década do século, foi possível observar essas tecnologias
cada vez mais acessíveis, de maneira que a oferta de tratamentos de beleza e
estética pôde ser ampliada e democratizada. Foi quando a técnica migrou dos grandes
centros para o interior e para locais mais distantes, tornando-se também mais
próxima das pessoas.
São vários os polos tecnológicos espalhados pelo mundo que
trouxeram essas evoluções. Os EUA, Israel, Coreia do Sul, além de alguns países
europeus, vêm se consolidando no segmento.
O que esperar para o
futuro?
O uso de inteligência artificial nos equipamentos possibilita a
combinação de procedimentos estéticos de forma personalizada, além de
potencializar os resultados. A integração dessa tecnologia com a internet das
coisas permite a execução de procedimentos estéticos de forma autônoma.
O uso da câmera de um celular, por exemplo, deverá se tornar algo
comum não somente para avaliar nossa pele, como também para acompanhar medidas
corporais e permitir que problemas de saúde sejam detectados e tratados de
maneira precoce.
A constante evolução tecnológica oferece a possibilidade de
desenvolvimento de novos equipamentos, com resultados cada vez mais eficazes.
E, na mesma medida, poderemos desenvolver procedimentos menos invasivos, de
forma a postergar ou até mesmo evitar procedimentos mais complexos, como as
cirurgias.
*Kilmer Lima, CEO e sócio-fundador da Vialaser
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